Editorial

Tempo, natureza e escolhas

Se as previsões se confirmarem, este Jornal deve chegar à casa do leitor durante ou imediatamente após mais um temporal. A questão climática se tornou uma pauta primordial em qualquer assunto que permeie nossa sociedade. Ninguém esquece que no ano passado vivemos situações extremas de estiagem e de enchente. Agora, a tendência é termos mais uma temporada de precipitações e sustos.

A maneira como lidamos com a natureza é essencial para a manutenção da vida na Terra. O que já foi assunto de ecochato ou de alarmista, hoje é realmente alarmante. Se não lidarmos hoje com a pauta ambiental, talvez não haja um amanhã. E isso passa por absolutamente todos os nichos, do micro ao macro. Tanto se cobra do Poder Público as necessárias adaptações para lidarmos com tudo isso, como legislação eficiente, preservação de matas nativas, banhados, diminuição da emissão de gases poluentes e tudo mais. E é essencial essa pressão constante em lideranças, legisladores e quem quer que tenha a caneta na mão. Mas a situação entra também dentro de casa.

São diárias a reclamação que a Redação do DP recebe sobre descarte irregular de lixo. O leitor mais atento deve ter notado que praticamente uma vez ao mês esse tema aparece nas páginas do Jornal. Mas tranquilamente daria para ser um assunto diário. Ontem a página 3 falava do Dunas, a 5 mostrava a situação em São Lourenço do Sul, na semana passada foi no Canal do Pepino e hoje poderíamos mostrar, por exemplo, o Porto, bairro que também tem ruas cobertas por descartes irregulares. É só andar por ali e ver.

Se amanhã o DP estiver noticiando alagamentos por causa das chuvas previstas para hoje, um tanto será por falta de capacidade que nossos municípios ainda têm para lidar com isso. No entanto, outro monte vai ser por causa do cidadão irresponsável que não caminhou duas ou três quadras até a lixeira, ou até o Ecoponto, e agora entupiu uma rede de esgotamento.

O meio ambiente clama por solução urgente para suas demandas. A natureza vem avisando faz tempo e, entre La Nina, El Niño, secas e enchentes e tudo mais, muita gente vê o tempo passar e não faz nada. Como dizem as campanhas ambientalistas mais clichês, a decisão de salvar ou não o mundo está na mão do cidadão, do empresário e do gestor público. Sabe-se como. Agora, o que resta, é fazer.


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